Pão Diário

Lashon Hará (em hebraico לשון הרע)

Lashon significa língua e hará significa o mal/mau, então a melhor tradução seria língua má, ou língua maledicente .É um termo judaico para 'fofoca', 'calúnia' ou mesmo difamação para com alguma pessoa seja contra um judeu ou contra um não-judeu. Maimônides, em seu comentário sobre Pirkei Avot (Ética dos Pais) Condena tanto o lashon hará como qualquer outro ato que venha a quebrar uma lei da halachá, a lei judaica.
Segundo os Sábios do Talmud, falar Lashon Hará equivale cometer ao mesmo tempo os três piores crimes descritos pela Torá como os mais graves: matar, Praticar idolatria e relações incestuosas.
O Talmud vai ainda mais longe e cita falar bem de alguém como uma forma de Lashon Hará. Veja este exemplo: - Fulano está tão bem de vida, olha só que carrão ele tem.
Falar dos outros pode esconder resquícios de inveja, amargura ou até mesmo mau olhado.
De que devemos falar então? De assuntos edificantes, não da vida dos outros.
Existe alguma permissão para se falar Lashon Hará?
O rabino Israel Meir Kogan, mais conhecido como o Chafetz Chaim, rabino da primeira metade do século XX, escreveu um livro intitulado SHMIRAT HALASHON, onde ele especifica em que casos podemos falar de alguém. O livro foi traduzido e pode ser adquirido na Livraria Sêfer: Cuidados com a Linguá.
De qualquer forma, vale sempre a máxima Tropicasher: em boca fechada não entra mosquito e não sai Lashon Hará.