1.
Os filhos são
dedicados a Deus
Um Pastor, uma vez me disse: "visitei um lar em que o
marido e esposa estavam se regozijando com o nascimento de seu primeiro filho.
Eles pediram para eu ir vê-los e disseram então o motivo de seu pedido:” Pastor
“, eles disseram,” nós amamos nosso bebê mais do que pensamos ser
possível. Queremos prover tudo o que for necessário para que ele tenha uma vida
feliz e saudável. Mas nós sabemos que sua vida não pode nunca ser completa sem
Deus. Assim, nós pedimos ao senhor para vir e orar conosco, para que possamos
dedicar nosso pequeno filho a Deus, desde o dia de seu nascimento “.Que
imensa alegria orar com eles! Nós oferecemos a Deus a criança que Ele havia
dado ao casal. E eles se ofereceram a si próprios a Deus como servos
voluntários para criar a criança. Acho que os anjos sorriram nos céus como
testemunhas de tão sagrada atitude: a mãe e o pai reconhecendo o lugar de
representantes de Deus para criar de seu precioso filhinho” na doutrina e
admoestação do Senhor “(Ef 6: 4)".
Esta é uma das marcas de um lar cristão. É um lugar onde as
crianças são recebidas de Deus, dedicadas a Deus e criadas para Deus.
O exemplo bíblico clássico de dedicação de uma criança a Deus é
encontrado no primeiro capítulo do livro de I Samuel. Ali nós somos
apresentados a um homem chamado Elcana e sua mulher Ana. Eles eram hebreus que
viveram há muito tempo atrás, pelo menos 1000 anos antes de Cristo nascer. O
exemplo deles ainda é aplicável aos dias de hoje.
Abençoada é a Criança Que é Desejada
Ana queria ter um bebê. Ela demorou a ter um filho. O tempo
passava e passava e ela não concebia. Sua cultura naqueles dias dizia que era
uma maldição de Deus se uma mulher não tivesse um filho e era uma recompensa de
Deus se ela tivesse um filho homem. Como Ana sofreu com sua condição de estéril!
Somente Deus poderia dar a ela o bebê que desejava.
Nossa cultura é muito diferente hoje. Os filhos são considerados
uma interferência em muitas sociedades. Contracepção para impedir uma gravidez,
e aborto para acabá-la, são comuns em muitas nações do mundo hoje. Algumas
vezes uma criança é nascida e deixada por sua mãe para ser apanhada e criada
por outra. Que tragédia!
Uma criança desejada é uma criança feliz. Possa Deus abençoar
esse instinto materno/paterno que se deleita no privilégio de cuidar de uma
criança.
Abençoada é a criança cuja mãe ora
Ana foi ao tabernáculo com seu marido para adorar a Deus. Lá, no
local que Ele falou que se encontraria com Seu povo, ela derramou seu coração a
Ele em oração. Ela chorou diante do Senhor quando apresentava seu pedido diante
Dele.
Os outros não entendiam. Até mesmo Eli, o Sumo Sacerdote, pensou
que ela estivesse bêbada quando orava movendo seus lábios sem dizer uma só
palavra audível. Ele a censurou, considerando-a uma pecadora até que entendeu a
angústia de seu coração e a petição de sua oração.
Ana não foi à única mulher que implorou a Deus por um bebê. Nem
tão pouco será a última. Hoje em dia há corações de mulheres chorando diante de
Deus, pedindo-Lhe o privilégio da maternidade. É por isto que as agências de
adoção de crianças recebem mais pedidos do que podem resolver. E também a razão
pela qual muitos ministros do evangelho estão envolvidos com aqueles que
desejam ser pais.
Mas uma criança é feliz se nasce em um lar que a mãe ora por
ela. Com um pai comprometido em criá-la nas coisas de Deus e a mãe que passa
tempo diariamente pedindo sabedoria para criá-la para Deus, essa criança terá
um feliz e abençoado prospecto de vida.
Abençoada é a criança que é dedicada a Deus
Ana dedicou seu filho a Deus antes mesmo dele nascer. Ela
ofereceu um voto ao Senhor: "Senhor dos Exércitos, se benignamente
atenderes para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva
não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos
os dias de sua vida" (I Sm 1: 11). E ela não tinha concebido até o
tempo daquele voto.
Entenda que Ana não estava tentando fazer um negócio com Deus,
nem estava tentando suborná-Lo, ao fazer o que ela queria. Seu solene voto era
de obedecer a Deus ao criar a criança, se ele fosse gracioso para com ela,
fazendo-a frutífera para ter um filho.
Ana não esqueceu seu voto depois que a sua longa busca encerrou.
No devido tempo ela concebeu e quando o pequeno bebê nasceu nove meses depois,
ela o chamou de "Samuel". Na linguagem antiga a palavra Samuel
significava pedido a Deus. Ela explicou que havia lhe dado aquele nome "porque
eu o tenho pedido" (I Sm 1:20). Toda vez que ela chamava seu nome
lembrava-se de seu pedido e do seu voto a Deus a respeito da criança.
O voto de dedicação de Ana foi por toda a vida de seu filho.
Quando ele foi desmamado e podia viver sem sua mãe, ela e seu marido o levaram
ao sumo sacerdote de Deus em Siló, com esta explicação: "por este
menino orava eu e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.
Pelo que ao Senhor eu o entreguei por todos os dias que viver, pois ao Senhor
foi pedido" (I Sm 27: 28). Ela lembrou-se e cumpriu o seu voto.
Ana dedicou seu filho a Deus para servi-Lo. Ele viveu no
tabernáculo e trabalhou como assistentes dos sacerdotes lá. Mas Deus tinha
planos maiores para o rapaz. Nos anos da adolescência de Samuel o Senhor falou
com ele e o chamou para o ofício de profeta. Foi aquele homem que falou por
Deus, julgou o povo em nome de Deus, ensinou as leis de Deus e ungiu a dois
reis da nação de Israel até a geração seguinte. Que impacto em sua nação teve
este tão esperado rapaz que fora tão intensamente orado e dedicado a Deus por
sua mãe!
Olhe para a história através da Bíblia e verifique quantos homens
grandemente usados por Deus foram dedicados a Ele por seus pais antes mesmo do
nascimento. A família de Manoá dedicou seu filho a Deus e ele se tornou um
grande juiz e líder, que nós conhecemos como Sansão (Juízes 13). Zacarias e
Isabel dedicaram seu filho ainda não nascido a Deus e ele tornou-se muito
conhecido como João Batista, que anunciou Jesus ao mundo (Lucas 1). Isto mostra
alguma coisa acerca do compromisso dos pais que dedicam seus filhos a Deus,
compromisso que segue por toda a vida da criança, influenciando-a para o bem e
para as coisas de Deus.
E o que dizer a respeito do seu lar? Os seus pais dedicaram você
a Deus quando do seu nascimento? Fizeram-se, viva por aquele compromisso. Caso
contrário, ainda não é tarde. Você pode oferecer-se a Deus em uma humilde
entrega à Sua vontade. Confie em Jesus como seu Salvador pessoal. Renda-Lhe o
controle de sua vida como seu Senhor. Ele lhe receberá, purificará e usará você
como uma benção para muitos.
E resolvido este assunto sobre o seu compromisso pessoal,
dedique a Deus cada um dos filhos que Ele lhe deu. Os pais cristãos podem criar
filhos que conhecem e amam a Deus e O servem alegremente. Não há herança maior
que você possa dar a seus filhos do que o seu amor.